O plenário da Assembleia Legislativa (Alesc) derrubou na
tarde desta quarta-feira o veto do governador Raimundo Colombo ao Projeto de
Lei Complementar (PLC) 005/2016, que
autoriza o pagamento parcelado de licenças-prêmio atrasadas aos servidores da
Alesc. Com isso, o Parlamento fica autorizado a pagar o benefício vencido aos
servidores que optarem pela aposentadoria. O placar foi de 35 deputados
contrários ao veto de Colombo e uma abstenção, por parte do líder do governo,
José Nei Ascari (PSD). Nenhum parlamentar se posicionou pela manutenção do
veto.
Na prática, são 222 servidores do parlamento beneficiados
pela derrubada do veto. Eles já possuem o tempo de contribuição necessário para
se aposentar e recebem abono permanência (não pagam mais previdência), além de
terem acumulado licenças-prêmio ao longo da carreira. O PLC é um estímulo para
que eles optem pela aposentadoria e enxuguem o quadro de servidores do
parlamento.
? Estamos dando sequência à redução do número de servidores
efetivos, eram 817, hoje são 409. O objetivo é enxugar ao máximo ? afirmou o
presidente da Casa, Gelson Merísio.
A estimativa é de que a Alesc pague R$ 8 milhões em
licenças-prêmio neste ano. O restante será parcelado em até 8 anos, a depender
do número de benefícios que o trabalhador tem direito. O PLC proíbe, ainda, a
venda acumulada do benefício para servidores mais novos.
A Alesc tem realizado esforços para diminuir o seu quadro de
funcionários. Em 2015, foi aprovado o PL 23/2015, que extinguiu 411 cargos do
quadro efetivo da Casa ? ou cerca de 50% do total. Na prática, os cargos estão
sendo extintos à medida que os atuais servidores se aposentam.
Outra medida para reduzir o número de funcionários foi a
realização de uma auditoria sobre o serviço terceirizado do Parlamento, que
resultou em 90 demissões e uma nova licitação em andamento. A assessoria da
Alesc diz que também está sendo realizado um estudo para avaliar qual o tamanho
necessário do funcionalismo na Casa.
Colombo é contra as licenças-prêmio
O governador Raimundo Colombo já se manifestou por diversas
vezes ser contrário às licenças-prêmio para servidores estaduais. Ele afirma
que trabalhadores da iniciativa privada não têm nenhum benefício similar.
Apesar disso, até agora ele tido pouco sucesso em levar a pauta adiante.
Fonte: DC