Dia do Oficial de Justiça: servidores compartilham suas experiências no dia a dia da profissão

20/03/2025 22:12:15



O dia 25 de março é dedicado ao oficial de Justiça, uma data que ressalta a importância desses profissionais na entrega das comunicações dos juízes e desembargadores diretamente aos cidadãos. Para marcar a ocasião, o Núcleo de Comunicação Institucional (NCI) preparou um vídeo especial, no qual oficiais de justiça do Poder Judiciário Catarinense (PJSC) narram parte do dia a dia da profissão. Um trabalho que vai muito além do cumprimento de mandados. Em meio a uma rotina imprevisível, esses profissionais enfrentam desafios que exigem inteligência emocional, habilidade de mediação e preparo técnico para atuar em diferentes contextos. Seja promovendo acordos, garantindo o cumprimento das determinações judiciais ou lidando com situações delicadas, os oficiais de Justiça são essenciais para o funcionamento do Judiciário e para aproximar a Justiça da população.

O trabalho do oficial de Justiça envolve desafios diários e riscos variados, que vão desde percorrer longas distâncias no interior até enfrentar situações potencialmente perigosas em áreas urbanas. Ricardo compartilha que, em casos de busca e apreensão de veículos, a situação pode se tornar delicada: “Às vezes, a pessoa está resistindo porque demorou muito para conquistar aquele bem. Ela vai tentar relutar, não quer entregar o carro, mas não tem o que fazer. Já houve casos em que o oficial de Justiça foi recebido a tiro", pontua. Há ainda os riscos invisíveis, como ocorreu com ele em 2011, quando foi contaminado por um vírus ao realizar uma reintegração de posse e precisou ser internado na UTI.

Autocomposição

Thaís Lopes da Silva, oficiala de Justiça desde 2010, conta que a rotina é intensa: “Você para em uma porta, desce do carro, cumpre o mandado, volta, dirige, manobra, para em outra porta. Não sabe como a pessoa vai atender, às vezes não quer atender”, comenta. Ela conta que o planejamento é feito conforme a região a ser percorrida, mas há mandados que exigem mais tempo, como despejos e reintegrações de posse, que demandam um dia inteiro, com agendamento de polícia e organização de caminhões para a mudança. “Depois de tantos anos como oficial de Justiça, todo dia acontece algo novo, e a gente tem que estar preparado para todas as situações”, revela. 

A sensibilidade e o acolhimento também fazem parte do trabalho, principalmente em casos de vulnerabilidade, como em situações envolvendo mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência. “Na hora de fazer uma busca e apreensão de criança, por exemplo, a gente precisa ter um olhar diferenciado, uma forma de abordar que não traga um transtorno maior, um sofrimento maior para aquela família, para aquela criança”, conta a oficiala.

Mais demandas e a tecnologia na rotina

Ao longo dos anos, Sílvio viu o volume de processos crescer significativamente, refletindo a maior demanda da sociedade por justiça e, consequentemente, resultando na ampliação da estrutura do Tribunal. "O trabalho mudou muito. Quando eu comecei, eram cinco câmaras. Hoje temos 35 câmaras isoladas, mais o Órgão Especial, o Tribunal Pleno, o Grupo de Câmaras Criminais e o Grupo de Câmaras Cíveis. Há 46 anos, a sessão tinha em pauta quatro ou cinco processos. Na última sessão em que trabalhei, na Comercial, eram 250 processos e 52 sustentações orais", ressalta o oficial.

Confira o VIDEO AQUI

Fonte TJSC




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