Em continuação aos compromissos políticos em Brasília (DF),
a Diretoria do SINJUSC esteve ontem, dia 24, na Câmara dos Deputados dialogando
com parlamentares sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555/06, que
revoga o art. 4º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, acabando com a
contribuição previdenciária de servidores públicos aposentados.
O Debate ocorreu com assessores dos deputados Federais,
Décio Lima (PT-SC), Jorginho Mello (PR-SC) e Carlos Melles (DEM-MG), conhecidos
por defenderem a aprovação da PEC, de autoria do ex-deputado mineiro Carlos
Mota, com substitutivo do deputado paulista, Arnaldo Faria de Sá. Segundo os
assessores, matéria deve ir a Plenário nos próximos dias, com expectativa de
aprovação.
?Será uma grande vitória em favor dos aposentados que
dedicaram ao serviço público uma vida de trabalho. Não seria justo continuar
recolhendo sem retorno, porquanto, a contribuição previdenciária tem o caráter
contributivo-retributivo?, afirmou o secretário jurídico do SINJUSC, Mauri Raul
Costa. Mesmo posicionamento é do presidente do Sindojus/SC, Cesar Rubens
Deschamps, que também está na Capital em agenda política.
De acordo com a Agência Câmara Notícias, a proposta, que
está pronta para ser votada pelo Plenário desde 2010, enfrenta resistência do
governo por envolver perda de arrecadação. Atualmente, a contribuição
previdenciária de aposentadorias e pensões do serviço público é de 11% sobre a
parcela que ultrapassa o teto previdenciário do INSS, hoje fixado em R$
4.390,24.
A Agência diz ainda que o fim da contribuição de inativos
atingiria todos os aposentados e pensionistas do serviço público, em todos os
níveis de governo (federal, estadual e municipal). Para ler o tetxo da PEC
clique aqui.
Histórico
Apresentada em 22 de junho de 2006, a proposta havia sido
arquivada com o encerramento da 52ª Legislatura. Mas em 20 de junho de 2007,
por intermédio do requerimento 1.199/07, do deputado Arnaldo Faria de Sá, a
matéria foi desarquivada.
Em 22 de agosto de 2007, Faria de Sá foi designado relator
da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Seu parecer favorável à
PEC foi aprovado na CCJ em 3 de outubro de 2007. Com informações da Associação
Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais.
Fonte: Sinjusc