O Poder Judiciário de Santa
Catarina (PJSC) iniciou na primeira semana de dezembro uma série de encontros com
os entes estaduais para o fortalecimento da Rede de Proteção Integral à Criança
e Adolescente, por meio de termo de cooperação. Acompanhando de perto o
desenrolar desse processo, na ocasião estavam presentes o diretor Legislativo
do Sindojus-SC, Fábio Ramos Bittencourt - representante da entidade na Rede de
discussão de implantação do PL, e o diretor da ACOIJ, Éder Momm.
Os encontros da Rede visam
dar efetividade ao art. 5º da Lei Complementar Estadual n. 786, de 29 de
dezembro de 2021. Ao extinguir os cargos vagos e os que vierem a vagar de
oficial da infância e juventude do quadro de pessoal do PJSC, a lei
complementar estabeleceu prazo de 12 meses para que se promovesse a articulação
intersetorial. Neste primeiro momento, a interlocução está ocorrendo com os
entes estaduais e, posteriormente, com os municípios, mediante replicação do
convênio no âmbito do primeiro grau, por meio da articulação entre os juízos de
primeiro grau com competência na área da infância e juventude, auxiliados pelos
oficiais de justiça e municípios.
A reunião teve
participação da juíza auxiliar da Presidência Iolanda Volkmann (Núcleo
Administrativo da Presidência) e dos juízes Ricardo Alexandre Fiuza (Vara da
Infância e Juventude de Lages) e Fernando Machado Carboni (Vara da Infância e
Juventude de Itajaí), representando a Coordenadoria Estadual da Infância e da
Juventude (CEIJ) como cooperador técnico. Também participaram a assessora de
Assistência Social da Federação de Consórcios, Associações e Municípios de SC
(Fecam), Janice Merigo, e o coordenador-geral do Conselho Estadual dos Direitos
da Criança e do Adolescente, Cléber Paes Alves. Participaram, ainda, assessores
do Núcleo Administrativo da Presidência, representantes da Corregedoria-Geral
da Justiça (CGJ), além de oficiais de justiça e oficiais de justiça da infância
e juventude, cujas experiências têm se mostrado exitosas na condução da
interlocução com os entes da rede de apoio.
Sobre o encontro, o
diretor Legislativo do Sindojus-SC acredita que foi muito proveitoso, pois contou com a Fecam, cujo
representante afirmou que os municípios não devem ter dificuldade em fazer este
transporte das crianças em caso de acolhimento, no processo de busca e
apreensão, justamente como prevê a lei complementar 786 – PL justamente criado para
garantir essa articulação. “Foi um momento para reunir entidades responsáveis
pela articulação do transporte das crianças em caso de acolhimento, em busca e
apreensão, para que o Estado ou os municípios façam este transporte e entreguem
diretamente a quem tem a guarda de direito da criança”, completou.
O diretor da ACOIJ também
ficou satisfeito com o encontro. “Acredito eu essa reunião inicia uma nova fase
no trabalho do Poder Judiciário em relação às crianças e adolescentes,
atualizando suas atividades em consonância com os demais estados da federação.
Esta primeira reunião nos sanou diversas dúvidas e nos indicou os caminhos para
que possamos articular as atividades de fiscalização e translado de crianças
adolescentes com o Poder Executivo Estadual e os municípios catarinenses”,
falou.
Sobre a REDE - Fazem
parte da rede estadual o PJSC, o Ministério Público de SC, a OAB/SC, a
Defensoria Pública do Estado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social,
o Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, o Conselho
Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, a Fecam, o Procon-SC, a
Associação Catarinense de Conselhos Tutelares e a Comissão de Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente da Alesc, entre outros.
Fonte: TJSC