Santa Catarina está em emergência epidemiológica, com uma explosão desenfreada de casos de dengue. Nesse sentido, em função da amplitude dos locais de cumprimento dos mandados por parte dos Oficiais de Justiça - locais insalubres, por vezes, o Sindojus-SC protocolou na última semana um pedido no TJSC para que seja disponibilizada vacina contra a dengue para toda a categoria.
“O número de focos do mosquito Aedes aegypti está crescendo a cada dia, assim como a insegurança dos Oficiais de Justiça no cumprimento dos mandados; não há como prever a presença ou não do mosquito transmissor da dengue nesses locais”, explicou o presidente do Sindojus-SC, Fernando Amorim Coelho, quando questionado sobre o pedido feito aoTJSC.
Segundo a Dive/SC (Divisão de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o Estado tem quase 40 mil casos prováveis de dengue em 156 municípios que estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Além disso, 16 mortes foram confirmadas e seis ainda estão sob investigação.
No Estado, conforme o Painel de Monitoramento de Dengue e Chicungunha do Governo, o número de focos do mosquito ultrapassa os 18 mil. A proporção é de 500 casos a cada 100 mil habitantes. Joinville, Itajaí, Blumenau e Grande Florianópolis são as regiões mais críticas.
Hoje, mesmo que o Oficial de Justiça decida por adquirir a vacina contra adengue, ele não consegue, pois não há vacinas na rede privada - as farmácias e laboratórios estão com lista de espera para a vacinação contra a dengue nos municípios de Santa Catarina. O caso acontece devido a farmacêutica Takeda, que produz o imunizante Qdenga, informar a decisão de priorizar o atendimento aos pedidos do Ministério da Saúde para o fornecimento das vacinas pelo Sistema único de Saúde (SUS).